Brabham BT49

Início dos anos oitenta, na cidade de Chessington, Inglaterra. Um grupo de engenheiros, técnicos e mecânicos trabalham intensamente na construção de um protótipo de competição.

Naquele momento eles não poderiam saber, mas as esperanças depositadas nesse projeto confirmariam as expectativas e os levariam novamente a serem competitivos no mundo das corridas.

Capitaneados por um sul africano nas pranchetas e por um brasileiro ao volante esse foi um carro que marcou uma "era", com um layout simples, mas marcante de cores predominantemente branca com listras em azul, ele entrou no imaginário coletivo de toda uma geração de crianças, que como eu descobria nas manhãs de corrida, uma grande razão para vibrar, sonhar.

Essa era a equipe Brabham e o protótipo em questão o lendário modelo BT49.

Uma folha de papel

Uma folha de papel formato A4, Foi tudo o que precisei para trazer a vida duas lendas do automobilismo : a Ferrari 312T4 e seu condutor Gilles Villeneuve.
Ah, claro! A impressora demarcou as peças facilitando bastante o trabalho. Como um maçarico o estilete foi separando as peças, a tesoura como um alicate foi ajustando as dimensões, com o auxílio da régua minhas mãos dobravam e como moldes davam forma. Rebites, parafusos e soldas ficavam por conta da cola.
Sim, Maranello estava ali, sobre minha base de corte, como que evocando o grande engenheiro Mauro Forghieri o criador da maquina, a T4 foi tomando forma, o acerto da suspensão, o fino ajuste do motor, a angulação perfeita das asas, pneus, rodas, componentes e peças, todas elas a disposição do louco acrobata, o homem que levou esse bólido a conhecer os seus limites, quando muito passando deles, o canadense Gilles Villeneuve.
Sob a luz de minha luminária a mística do cavalinho rampante tomava forma, alma e coração, trazendo a tona lendas sempre a postos a colocar o capacete e afivelar os cintos sempre que alguém simples e unicamente os lembrar.
Eu lembro!